Assistir
a vida de Adèle foi-me revigorante à alma. O filme transmite-me muito além do
quê apenas a vida miserável de uma adolescente e sua trilha a seguir deste
ponto. Adèle é alguém que procura por experiências, incessantes
experiências. Ela é a ilustração do quê
passamos vida a fora, do quê os sentimentos nos trariam à tona. Sua paixão por
Emma é o espelho de sua alma, que veste a cor azul como arma. Azul, assim como
uma das fases de Picasso, exatamente como natureza.
Seu
romance com Emma dá-me esperança à cena cinematográfica e meus gostos pessoais.
Assisti-las foi como estar por dentro da situação. Trata-se do quê temos de
idealização no outro, do quê se espera receber em troca. O sexo exterioriza
todo sua fúria e as deixa vulnerável às criticas. Contanto, não me importa o
quê foi pensado antes. Tudo o quê li sobre a película é total intriga.
Engana-se
quem pensa que isto é apenas sobre duas mulheres apaixonadas e suas desavenças.
É uma vida. É completa. E na vida encontra-se todo tipo de situação. As brigas,
as atitudes impensadas, os arrependimentos, os méritos... Tudo isso constrói
cada ruga, cada cicatriz que carrega consigo.
La vie D’Adèle traz o ser humano
errante como protagonista. Adèle poderia ser qualquer um. Qualquer um que
esteja disposto a viver irrevogavelmente livre. E o amor... Como isso me dói.
Sinto por ela. Choro com ela. Eu como, canto e danço com ela.
Cada
minuto gasto assistindo-a prova cada lágrima e excitação por mim permitidas.
Poucos me fazem acreditar no amor, na vida. Adèle fez-me. E fará novamente. E
tudo que me resta é pensar que sempre há um fio de esperança em cada passo em
falso que dermos. De um jeito, ou de outro, tudo se encaixa. E daí então,
erguemos a cabeça e continuamos a sorrir.
Obrigado, Adèle.
Obrigado, Adèle.
Mabs.
sobre a esperança no amor.
19.02.14
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