terça-feira, 13 de maio de 2014

bleu est une couleur chaude


Assistir a vida de Adèle foi-me revigorante à alma. O filme transmite-me muito além do quê apenas a vida miserável de uma adolescente e sua trilha a seguir deste ponto. Adèle é alguém que procura por experiências, incessantes experiências.  Ela é a ilustração do quê passamos vida a fora, do quê os sentimentos nos trariam à tona. Sua paixão por Emma é o espelho de sua alma, que veste a cor azul como arma. Azul, assim como uma das fases de Picasso, exatamente como natureza.
Seu romance com Emma dá-me esperança à cena cinematográfica e meus gostos pessoais. Assisti-las foi como estar por dentro da situação. Trata-se do quê temos de idealização no outro, do quê se espera receber em troca. O sexo exterioriza todo sua fúria e as deixa vulnerável às criticas. Contanto, não me importa o quê foi pensado antes. Tudo o quê li sobre a película é total intriga.
Engana-se quem pensa que isto é apenas sobre duas mulheres apaixonadas e suas desavenças. É uma vida. É completa. E na vida encontra-se todo tipo de situação. As brigas, as atitudes impensadas, os arrependimentos, os méritos... Tudo isso constrói cada ruga, cada cicatriz que carrega consigo.
La vie D’Adèle traz o ser humano errante como protagonista. Adèle poderia ser qualquer um. Qualquer um que esteja disposto a viver irrevogavelmente livre. E o amor... Como isso me dói. Sinto por ela. Choro com ela. Eu como, canto e danço com ela.
Cada minuto gasto assistindo-a prova cada lágrima e excitação por mim permitidas. Poucos me fazem acreditar no amor, na vida. Adèle fez-me. E fará novamente. E tudo que me resta é pensar que sempre há um fio de esperança em cada passo em falso que dermos. De um jeito, ou de outro, tudo se encaixa. E daí então, erguemos a cabeça e continuamos a sorrir. 

Obrigado, Adèle.


                                                                                  Mabs.
 sobre a esperança no amor.
19.02.14

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