terça-feira, 13 de maio de 2014

aqui, porque choras.



A cada momento alguém a seu lado chora. E chora por chorar. Chora por desespero. Chora por não ser compreendido. Chora porque dói. Chora por não sentir, ou por sentir demasiado. E chora mais, desesperadamente, para livrar-se de si mesmo. Para se encontrar no escuro. Chora por libertação. E funciona. E todos choram por algum motivo. Por mais torpe que seja, chorar sempre será sublime. É a ação humana mais sincera e sensível que possa existir.
Reconhecer a si próprio é uma tarefa ferrenha a que temos de enfrentar. Desfazer-se de opiniões e criticas. Distinguir o que te faz bem.  Reconhecer o que realmente te consiste. Por vezes, pensamos que ser o que somos nos limita, nos destrói. Porém, nunca se pensa em lapidar o que existe. Transformar mesmo. Criar. Reinventar-se. Para o bem da alma e do corpo. E assim, construímos gente. Gente de verdade. E não robôs de ações mecânicas.
No entanto, digo: chorar é preciso. É humano. É de direito. Deve ser respeitado. A seu tempo, com seu tempo e à favor. A vida é cruel o bastante para nos mutilarmos. A vida já te poda demais para nós o fazermos novamente. Cobre-se menos. Sinta mais. Sorria mais vezes. Chore mais vezes. SEJA REAL. VIVA. E não te arrependa de ser. De sangrar. De amar. Por que, por aqui o tempo é curto demais para quatro paredes...  


Mabs. 
Aos que choram.
20.01.14

À um tempo atrás escrevi esses três pequenos parágrafos e pus em minha coleção de lamentações. Hoje encontrei isso por acaso. E me decepcionei comigo mesmo. Aqui trazia uma mensagem de força, de levante e de alguém que finalmente recuperou alguma coisa perdida. Aquele era eu à meses anteriores. Não sei ao certo à que me destinava as palavras. Mas sorri. E gostaria de ter tido alguma melhora. Mas tudo que faço é me remoer nas dores, nas limitações, nas frustrações. Conformei-me na situação inconsolável em que vivo os dias. Eu tenho raiva, meus olhos estão saltados, meu corpo não responde direito, meu ânimo se foi. Não faço ideia da razão qual seria. Reconheço que preciso de ajuda. E muita. Por parecer forte, mas na verdade, ser frágil demais. Acho que ninguém encontraria o que consiste a minha dor interna. Não sei de onde vem. Só sei que estou cansado. Muito. Demais. E não consigo sozinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário