domingo, 5 de janeiro de 2014

esta não é uma estória

Esta estória poderia se tratar de qualquer um. Mas não fala de ninguém em especial. Sei que por em parágrafos as minhas, suas e alheias experiências seria nada original de minha parte. Pena que não tenho este dom. ser original requer certo esforço para criação.
Na verdade, o meu desejo é apenas compreender o quê escrever me significa. O quê me transmite, o quê expira, inspira, transpira. Escrever apenas por fazê-lo é demasiado fácil. Mas o quê te ínsita a continuar? O quê faz de mim um bom escritor ou um mau escritor? Qual é o bloqueio que vem fazer-me vazio?
Muitas perguntas, resposta nenhuma a vista. E aí vem mais... o quê realmente leva alguém a se interessar em suas palavras? O quê de tão especial e particular guardam essas pequenas junções de símbolos? E eu vos respondo: as palavras realmente têm poder. Elas atravessam o quê o meu coração lança a ponta de meus dedos incessantes.
Muito questiono ao que de importante traria ao mundo, à vida de pessoas, aos meus muitos entes queridos e aos não tão queridos assim. Ao mesmo tempo em que sou suspeito de autodestruição, sou louco apaixonado pela alma inscrita em meu corpo. A inspiração é diária, constante, modesta, muitas vezes nefasta e enfadonha. Escrever espreme minha alma e a liberta do meu inconsciente egoísta.
Nem sempre soube se realmente sou bom no quê faço nos momentos de insônia. A propósito, ainda não faço ideia. Existe sempre uma força que me divide entre o público e o reservado. Tal qual que público nunca vem a existir.
Isto posto, lamento em dizer-lhes, prezado público imaginário, um escritor sem boas histórias apenas as escreve. O escritor de boas histórias as vive a cada dia, imerge dentro de suas palavras e as lapida feito joia. Parece muito narcisista de minha parte, mas não posso evitar. Entre todo o jogo agridoce de minhas palavras existe alguém que deseja apenas descobrir-se. Sem movimentos literários, sem motivo aparente. Esse menino escreve em busca de libertação, mas ainda acredita que possa ser grande. E ele não deseja nada mais.
E a estória, meu caro, esta fica pra mais tarde. Ela flutua no meu inconsciente. A estória já vem pronta, só a espera dos dedos certos a escrevê-la. O enredo, vive-se todos os dias, segundos, frações e fases lunares. O espaço sempre será o mesmo, na cabeça de quem a cultiva. O tempo... o tempo é agora, baby. E não há como negar.
 A vida gira, e continuo por aqui. Sou culpado por morar em minha mente. Sou condenado por gostar daqui. E acrescento, a vista é ótima. E quero compartilhar isto com todos vocês, público/leitor imaginário.
As horas passam e as explosões coloridas acontecem freneticamente. Eu as transmito com a alma.     As cores psicodélicas cegam minhas retinas fatigadas pela luz artificial do meu monitor. E o que me resta é seguir o fluxo. Caminhar junto com minhas palavras; elas insistem em caminhar sozinhas, mas não posso evitar. Querem sempre dizer algo. Querem ser imponentes, fortes, majestosas e vibrantes. Acima de tudo: querem ser escritas.

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