sexta-feira, 31 de outubro de 2014

declaração tardia de repúdio ao mês de agosto

Eu me leio bestializado dante toda esta dor. as marcas de agosto ainda permanecem vivas e desejo que os bons ventos de setembro tragam-me a desejada paz serena e sólida. e que eu possa  tragá-la feito pita na boca do mundo.
Banho-me deste sol tímido que surge entre as pernas virgens das montanhas. escondo-me. mergulho de volta ao rio das lamentações. conforto: garanto. suspiro. respiro este cinza ascendente. rasgo o agouro do peito arfante peito petulante. pinocito o néctar de uma vida potencial, da qual espero inflado de esperança errante. eu espero, eu aceito esperar. eu aceito passar, agosto, setembro, outubro... até que venha o verão com seus calores sufocantes, até que o mar venha engolir todo meu desalento. eu aceito. espero que aceite. aceito esperar. aceito.

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