sexta-feira, 31 de outubro de 2014

m0rcos, ma dear. sobre sua humanidade

pra que fui nascer com vida humana?
queria ter nascido uma obra de arte

declaração tardia de repúdio ao mês de agosto

Eu me leio bestializado dante toda esta dor. as marcas de agosto ainda permanecem vivas e desejo que os bons ventos de setembro tragam-me a desejada paz serena e sólida. e que eu possa  tragá-la feito pita na boca do mundo.
Banho-me deste sol tímido que surge entre as pernas virgens das montanhas. escondo-me. mergulho de volta ao rio das lamentações. conforto: garanto. suspiro. respiro este cinza ascendente. rasgo o agouro do peito arfante peito petulante. pinocito o néctar de uma vida potencial, da qual espero inflado de esperança errante. eu espero, eu aceito esperar. eu aceito passar, agosto, setembro, outubro... até que venha o verão com seus calores sufocantes, até que o mar venha engolir todo meu desalento. eu aceito. espero que aceite. aceito esperar. aceito.

livramento secular

livrai-me-ei
das roupas que cobrem a farsa.
livrar-me-ei
livrar-me-ei
livrar-me-ei
de tuas mentiras nefastas
da tua intolerância burra
e irredutível.
livrar-me-ei 
das guerras que assolam
dos fantasmas da madrugada.
livrar-me-ei 
do sangue que aqui percorre
nas veias cavas
dos corpos que aprisionam
a dor.
livrai-me-ei
desta nação
desta razão
desta realidade fria.
livrar-me-ei 
das rugas que
me consomem
das histórias que 
me seguem firmes.
livrar-me-ei 
dos sonhos loucos
de infância.
livrar-me-ei
da vida 
que aqui respiro.

tudo que teus amantes imploram em clemência...

são mãos e língua habilidosas. o calor do corpo oposto a que põe-se a desejar. suor que exala o cheiro da luxúria. a expressão de gozo que tuas rugas refletidas em minha face dura crua exposta e confusa. daí, n'uma epifania distante, teu sexo torna concluso o inconcluso falho e humano o grito o desejo da liberdade inerente restrita falha incoerente inexistente. o prazer da descoberta dos músculos fortes e robustos do gozo quente que esguicha e berra na minha cara teus pelos finos da pélvis ritmada a movimentos bruscos. o valor do encontro perene entre corpo e espírito. e agora, o que em segundos se perde, nos faz gemer, nos faz amenizar os espasmos, nos faz querer mais e implorar por tesão.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ankhon pectus
ankhon pectus
ankhon pectus
ankhon pectus
ankhon pectus
ankhon pectus