quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

não sei

E até agora,
só sei o que me dizem.
Não faria diferença.

Faria qualquer coisa;
Daria cor,
Traria dor.

Mas até aqui,
só li o quê escreveram,
só soube do que me contaram.

Mal sei pronunciar as palavras.
Só sei por saber.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

!!!

Nunca pude me redimir,
e eu não o faria.
Não eu pude conter,
porque não tive.
ou talvez tenha,
mas não quis.

(?)

Amor?







Tão breve me deixou.

carta d'um inocente arrependido

Perdi a cabeça. Mal consigo pensar uma frase pronta ou se quer uma filosofia de consolo. Me sinto sem paradigmas, sem mistérios, sem eu. Sem mais máscaras, sem desenvolvimento; talvez como um filme em preto e branco: mesmo com todo seu charme e enredo cronológico (e mágico) ainda falta um toque... um adereço, acessório ou até mesmo um sentimento.
Já não sou mais eu. E porque seria? Sem motivo algum livrei-me de coisas cada vez mais pessoais. É minha especialidade fazer o drama, levantar a poeira, dizer besteira e me sentir totalmente leve. Tenho que me acostumar com esta alma contida.
Fizeram de mim um corpo moldável, totalmente sem escolhas ou desejos. Perdi esse direito quando abri demais a boca. E esse é o meu destino.
E o que me faz pensar nisso é ter a certeza de que falta algo por aqui. Talvez seja você, ou ele... talvez falte eu em você ou quem sabe seja o nó(s).
A verdade é que isso não faz sentido algum e ninguém deveria ver. Mas, olha!! Que merda, eu escrevi pra você. E eu mal sei por quê. Mas eu fico feliz em faze-lo. E um dia faria sentido.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

canção do exílio imaginário

Vou voltar.
Pra lá ou pra cá.
Não sei onde fica, 
Nem sei onde é...

Nesta terra não tem pinha,
Nem palmeira.
Não tem flores,
Nem figueiras.

Nesta terra fico feliz em acreditar.
Pinto e bordo.
E faço de lá
O meu lar.

Vou voltar.
Pra lá ou pra cá.
Não sei onde fica, 
Mas fico feliz em acreditar.

Nesta terra
Morada farei lá.
Sozinho ou acompanhado.
Feliz vou estar.

Nesta terra
Não tem preto
Nem branco.
Ninguém mora lá.

Sozinho ou acompanhado,
Feliz vou estar.
Pra lá ou pra cá.
Não sei o que lá.

Vou voltar.
Não sei pra onde,
Mas, hei de voltar.
Pro meu lugar.
Pra lá ou pra cá.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ensaio à existência

Sou o oposto do osso,
Do avesso ao contrário.
Sou moderno, sou barroco e até antiquado.
Sou paradoxal.
Sou forte
Sou fraco.

Criei-me na escuridão.
Não tomo parte de nada.
Sou levado. Levo.
Ando no mesmo lugar.
Crio expectativas.
Sou daqui, dalí, sou de lá.
Fui, sou e sempre serei.

Posso.
Crio.
Copio.
Até trapaceio.

Sou João, sou José.
Sou você, sou eu, sou ninguém.
Sou menino.... sou homem.
Tenho raça.
Tenho graça.

Não quero.
Já não posso.
Queria... só por querer.

Sou o que sou.
Sou pó.
Sou qualquer um. 
Sou eu, sou ninguém.
Sou como você.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

o por quê


Quem disse?
Quem ouviu?
Quem contou?
Quem sentiu?

Você disse?
O que disse?
O que faz?
O que traz?
O que quer dizer?
Quem é você?

Por quê?
Por quê?
Por quê?

Porque sorrir?
Porque ser?
Por onde?
Por quê?

Aonde vai?
Onde foi?
Leva-me contigo?
Por que ser amigo?
Por que NÃO SER?
Pra quê dizer?

Mas afinal,
Por quê?
O que?
Quem?
Quando?

E continuo assim a dizer:
Por quê?
Por quê?
Por quê?